terça-feira, 25 de agosto de 2020

    Hoje de súbito me lembrei que tenho esse blog para escrever as bobagens que vem à mente. Ando tão ocupado com trabalho, estudos e a vida normal que mal me sobra tempo para relaxar... Meu apartamento está imundo e eu não consigo me organizar para limpa-lo. As vezes penso que eu gosto de viver na desorganização e na poeira. 

   Em contraponto a isso, tenho me exercitado e me alimentado melhor, meu pensamento se aquietam, porém a criatividade também. Estou conseguindo me focar melhor na vida e trabalho, e ao me ver, isso tem acalmado os pesamentos negativos. 

   Preciso aproveitar essa calmaria para preencher as lacunas com coisas úteis e interessantes, remendar as velas, tencionar as cordas e tapar os vazamentos. Assim que puder novamente, quero me ver no mundo, sozinho mas não solitário. Minha presença hoje me acalma, me completo comigo. 

   É bom ser eu de novo, sentir minhas facetas internas se dando bem e convivendo não como uma família presa aos laços de sangue, mas como amigos; amigos q compartilham histórias e crescimentos. 

   Saudades, amigos... 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

   Quase um ano sem publicar nada.. Não porquê eu não queria, mas por que os pensamentos não precisavam sair.
   Hoje, porém, algo se mexeu dentro da minha cabeça e precisou sair, antes que ela explodisse.
 
   A algum tempo eu penso na visão romântica, idealizada do amor, de relacionamentos. Fui ensinado que um bom relacionamento é baseado no tanto que as partes estão dispostas a ceder. O ideal seria que ambos cedessem mais ou menos o mesmo tanto, e fossem se adequando em relação às necessidades e objetivos que fossem aparecendo.
   Porém na mídia; filmes, livros, novelas, etc; poucas vezes isso é levado em conta. Em sua maioria, as provas de amor estão ligadas a alguma grande cessão de um dos lados, para se adequar ás exigências da outra parte ou da sociedade ou algo que valha; ou a exibições publicas que beiram ou são ridículas. Criando assim um mito e uma cobrança de uma publicização do relacionamento. Atos exclusivos e íntimos do casal é, em sua maioria, tidos como comuns caindo no famoso "não fez mais que a obrigação".
   É triste para mim, como alguém introvertido e recluso, perceber que esse padrão se repete, assim como no ditado "a vida imita a arte". O sentimento que liga as pessoa tem que ser a todo momento postas a prova, como se a manutenção saudável, o exercício diário não fosse bastante pra  manter, esse dito amor, em pé.
   Temo mais a cada dia que a solidão e o isolamento me aguardam em alguma manhã. Que me traga o café e as novidades de mim mesmo, sem ter que prestar nenhum resumo ou editorial para ninguém. Ao mesmo tempo que essa previsão me assusta, ela me afaga, com um "logo chegará nossa hora".
   Tenho convivido cada vez melhor com minha solidão, com minha própria companhia, e por vezes a simples presença de alguém me poe em estado de tensão, como se fosse cair em algum interrogatório infindável em algum momento. Meu dia dia a dia é ótimo, algumas vezes tomado por uma melancolia e tristeza, mas nem plano geral... boa.
   Estou aos poucos percebendo que esse ideário de relacionamento não se encaixa mais em mim, não o desejo mais, e pagarei o preço por ouvis essa voz ou não em breve. Pelo menos em uma das opções eu terei consumido todos os itens da lista.