Eu havia notado uma negra bonita lendo um livro do Sidney Sheldon; não vi o titulo pois nos livros desse autor e outros populares como ele, as editoras costumam colocar o nome do autor MUITO maior que o titulo, dessa forma eu não pude ler o nome, e não quis ficar encarando a moça, afinal eu mesmo tinha meu livro p ler; também vi uma senhora lendo o primeiro livro das cronicas de fogo e gelo do Martin, o que me surpreendeu, era uma senhora mais velha, com cabelos brancos. Quando vi aquele livro grosso em suas mãos imaginei que fosse uma versão da bíblia ou algum volume do Seleções. Porém isso não vem ao caso.
Retomando, o cara do violino veio para o vagão onde eu e a moça negra estávamos, e quando ele, o violinista, a viu, parou de tocar a musica que estava tocando e passou para o tem de Super Mario do Super Nintendo, numa tentativa de chamar a atenção da moça, uma vez q ela vestia uma camisa com os personagens do game estampados, além de outros apetrechos do mesmo tema na mochila. O solo com a trilha sonora do game n durou muito, talvez pela inabilidade do artista de continuar dedilhando as cordas do instrumento, por não lembrar do restante da música ou por ter chegado sua estação, pois o mesmo desceu assim que o metrô parou. O cara passou ao lado da moça, mas não a tocou ou disse qualquer coisa. apenas desceu e seguiu seu caminho, como seguimos o nosso quando o veículo arrancou.
O que me deixou pensativo foi a reação da garota negra e de uma outra mulher que estava próxima a ela, a negra revirou os olhos numa expressão de impaciência e desdém para com o musico; não estou defendendo ele, como disse n gosto desse tipo de abordagem; e a mulher comentou algo a respeito do violinista tentar chamar a atenção da negra entoando o tema do game que ela vestia. As reações tanto da negra e da mulher foram de deboche, desdenhando da tentativa do cara de trazer a atenção pra ele. A conversa entre as duas durou mais algumas frases entre elas; "nossa, que folgado.." e "quem ele acha que é pra mexer com alguém assim?".
Reforço que em momento algum ele direcionou a voz a ela ou invadiu seu espaço pessoal, é chato um cara tocar um som irritante ou não dentro do metrô ou ônibus ou seja lá onde for? É! PRA CARALHO! E exatamente por ser chato e as pessoa em geral já verem com antipatia, que muitas vezes os artistas de rua precisam apelar para algo que veem nas pessoas em volta para gerar empatia e chamar a atenção, e quem sabe, conseguir lá suas moedinhas. A música pode ter sido uma cantada? Pode, mas pode também ter sido só uma tentativa de mudar de estratégia, já que a versão de "chorando se foi" que ele tocava não deu retorno.
Ao meu ver foi apenas uma tentativa por parte do artista de ser diferente e chamar a atenção, tentando ser empático; as moças acharam que foi um abuso ele tentar alguma cantar uma delas com a musiquinha; tanto que ele saiu sem nem passar muito perto dela; Ah, ela estava de pé ao lado da porta, então inevitavelmente ele precisaria passar próximo. Foi mantida uma distância, e como eu disse, ele n disse nenhuma palavra com ela, nem ficou olhando, secando. Mas como já me disseram, eu não posso opinar, sou homem e não sei o que as mulheres passam de assedio todos os dias. Concordo que não sei, mas também não sei se vilanizar todo tipo de interação ou aproximação seja a solução.
HL